quarta-feira, 26 de maio de 2010

A Maquina Moderna

A Máquina Moderna
De Bethuel Neumann Becker

O homem desde que necessitou se alimentar sentiu a necessidade de usar objetos que o ajudassem de alguma forma a facilitar o apanhar da caça.
Na seqüência quando começou a vestir-se e a viver em comunidades, passou a ter necessidades outras, como a necessidade de apetrechos que ajudassem a locomoção de pedras e galhos etc. Isto fez com que ele começasse a aprimorar os objetos de auxilio, de que precisava para o transporte o que ajudaria sua sobrevivência.
A cada dia que passava ele melhorou seus instrumentos criando em um certo tempo aparelhos complexos e muito úteis que passaram a chamar de maquinas.
E agora no século 20/2l criam-se as maquinas modernas, sendo bem aqui que começa a historia do Zé Zapé.
Zé Zapé, como o chamavam os amigos, rapaz ainda jovem, vigoroso, tinha grandes idéias porem pouca condição financeira para poder realiza-las, apesar de achar que suas idéias eram muito boas.
Porem as idéias de Zé Zapé eram um tanto extravagante para sua época século XX.
Citaremos aqui uma delas; Queria ele transportar matéria desintegrando-a em um lugar e reintegrando-a em outro.
É evidente que não tendo ele técnica suficiente e equipamentos para tanto acabou por não conseguir seu intento. Não se dando por vencido começou a estudar e conhecer tudo que fosse possível, verificando como funcionava.
Para isto foi pedir ajuda do senhor Aquiles que era professor de física da escola publica daquela cidade e que se prontificou a ensina-lo, pois no fundo acreditava no Zé Zapé.
Já ha muito tempo via nele, Zé Zapé condições reais de montar maquinas que se viessem a dar certo poderiam ter grande importância para o homem.
Alem do Aquiles que agora já conhecemos, fez ele amizade com o Gaudêncio que era o conhecedor de tudo sobre energia elétrica e que passou à ensinar todos os macetes, desde como produzir energia até como utiliza-la em iluminação que na época era para o que se usava.
Com estes ensinamentos Zé Zapé ficava cada dia com mais conhecimentos e por conseguinte, cada dia mais perto de construir maquinas que a muito vinha tentando construir, porem sem êxito pois que até o Zequinha seu filho de 13 anos, gozava dele chamando-o de inventor de sonhos.
O tempo passou, Zé Zapé tomou conhecimento de física e aprendeu tudo sobre eletricidade que até então era somente usada para luz.
Tomou também com certeza muitos choques elétricos o que somente ajudou a aguçar sua sabedoria e como teste real da potência que era a corrente elétrica.
Em um certo dia estava ele tentando instalar uma lâmpada e eis que levou um tremendo choque caindo da cadeira por cima de sua querida Leonora que muito assustada ficou gritando desesperada.
Mas, ainda bem que não foi nada mais grave, tendo apenas queimado um pouco as pontas dos dedos da mão direita ao receber o choque e ter sido lançado para traz com tremenda força.
Descobri, gritou ele, a energia tem força para empurrar as coisas, o que o deixou pensando, pois tinha sentido como sua mão foi jogada. A partir daí começou a estudar a possibilidade de usar esta força, e qual não foi sua surpresa após alguns anos de tentativas frustradas quando descobriu que poderia usar bobinas que aproximavam ou distanciavam outros materiais metálicos conforme o tipo de corrente induzida se positiva ou negativa.
Chamou a Leonora e o seu filho Zequinha, e os amigos Aquiles seu professor, lembram-se deles? Chamou também o Gaudêncio que tanto o ensinara e disse à eles que iria mostrar algo que conseguiu fazer.
Dizia ele ter inventado uma maquina que faria uma revolução industrial, pois o homem a partir de agora não precisaria mais fazer força.
Todos os convidados foram ao encontro na hora marcada por Zé Zapé, apesar de todos também acharem que era apenas mais um de seus sonhos de inventor e que de nada serviria.
Mas foram mesmo assim.
Zé Zapé fez um suspense levando primeiro eles para olharem o pequeno gerador de energia instalado no fundo do quintal a beira de um córrego e que já era de todos conhecido, pois era quem fornecia a luz para a casa. Lá chegando ligou o gerador soltando água canalizada da represa e convidou em seguida a todos pára irem até sua oficina improvisada em um rancho no fundo da sua casa, abriu a porta que quase caiu a seus pés, pois as dobradiças eram de couro cru e estavam fixadas à porta por pregos, sendo que uma estava arrebentada, ele apontando para dentro disse; ai esta!
Todos olharam e viram apenas uma toalha que cobria algo, dona Leonora já xingou, esta é a melhor de nossas toalhas Zè Zapé, ao que ele nem tomou conhecimento, dirigindo-se para perto da mesa pediu que ninguém se aproximasse mais,porque poderia ser perigoso.



Delicadamente foi retirando a toalha ficando todos a olhar sem entender o que seria aquilo e em seguida ligou uma chave interruptora elétrica, e de imediato a parte da ponta do eixo, a polia começou a rodar em grande velocidade.
Aí ele explicou e demonstrou como era grande a força daquela maquina moderna e ainda única a que ele chamou de Motor Elétrico.
Gaudêncio e Aquiles que entendiam do riscado tiveram um orgasmo quando viram aquela maravilha rodando sozinha em tão grande velocidade.
Bonifácio disse, tão vendo como o Zé não era tão burro e o filho complementou dizendo eu também não quero ser burro, papai quero ir para escola. Ao que o pai concordou.
Em seguida como era já quase noite foram todos para a casa do Zé Zapé festejar a descoberta de uma maquina tão importante.
E assim surgiu o Motor Elétrico tão moderno que ainda hoje é indispensável.

Um comentário:

  1. Conheço muitas pessoas,que tem idéias e sonhos e são considerados loucos! Graças aos assim considerados, que cada vez mais vivemos na comodidade.

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