terça-feira, 12 de janeiro de 2016

    Amor
Amor, com o tempo,
pode virar amizade.
Amor, com paixão,
se completa com o tempo,
e se firma no coração.
                                  Bethuel N.B.
                                          
             DEUS
Todo dia tenho certeza que DEUS existe.
Basta pensar, que foi ele que fez você.
                                                 Bethuel N.B.


           Saudade
É o sentimento da ausência,
que pode ser doce, amargo ou apimentado,
triste ou alegre, pela ausência,
de quem se ama.
                                                                    Bethuel N.B.


                                             ESCOLAS

O criar escolas, fundamentalmente tinha a finalidade, de barrar os gênios com dons naturais de nascimento, fazendo com que tivesse que estudar nas escolas e assim, não tendo tempo, para treinar os seus dons, o que com certeza, traria enorme concorrência com os filhos dos poderosos da época.
                                                                                                                                                                     Bethuel N.B

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

CLUBE DE CIÊNCIAS L. A. DE MAFRA E RIO NEGRO

Há alguns anos, com meu filho que era bem jovem, o Rubyo, e seu colega Helton começaram eles a se envolver com ciência. Em 23 de setembro de 1989, foi resolvido a criação de um clube de ciências, particular, sem custos e de livre participação de pessoas interessadas pelos assuntos técnicos que seriam abordados a partir daí, sendo feito uma ata a fim de registrar este início. Inicialmente com vista a levar os trabalhos às feiras de ciência que eram várias por ano, em diversas cidades. Desde o início sempre zelaram pela qualidade dos projetos, ampliando gradativamente o zelo pelos mesmos, sempre diferentes e bem apresentados, para ficar entre os primeiros colocados o que ocorreu muitas vezes. Foram apresentados vários trabalhos feitos pelos participantes do Clube de ciências, em que 80% ganhavam colocação de destaque. Assim sendo resolvemos apoiá-los, para formar um grupo de pessoas que gostavam de pesquisas com interesse científico, pois que tínhamos disponibilidade de um ambiente agradável, com sala de estudos, sanitário e parte de abrigo para experiências.  Neste ambiente foram convidamos outros jovens para participarem com a presença dos pais que acabaram participando de alguma forma, e assim foi surgindo o clube de ciências, que denominamos Clube de Ciências LA de Mafra e Rio Negro. Neste clube de ciências, tínhamos aulas sobre os mais diversos temas como astronomia, geologia, biologia e assim por diante, onde se prezava pelo conhecimento minucioso de tudo que se trazia para estudo. Conseguimos extrair gasolina e nafta do xisto usando um forno a diesel que tínhamos construído para fundir ferro e bronze e aquecer vidro e testar alguns materiais. Chegamos a ter presença média sempre em torno de 35 pessoas de 12 anos até mais de 80, que gostavam do que ali se estudava e aprendia, em uma troca constante de saber. Convidávamos pessoas de destaque em matérias, que nos interessava conhecer mais profundamente, como o Professor Igor Chmyz - Arqueólogo da Universidade Federal do Paraná que veio até nos e ensinou como trabalhar nos locais onde se encontrasse sinais de possíveis sítios arqueológicos, o que aconteceu no município de Campo do Tenente, Paraná, onde encontramos um sítio com mais de 600 anos. Tivemos o prazer de, em outros lugares, encontrar fosseis de peixes bem como de répteis. Nos domingos lotava-se uma Kombi, e mais dois ou três carros dos participantes e íamos percorrer a região norte de Santa Catarina e sul do Paraná, onde se visitava cachoeiras, grutas, pedreiras de todo tipo, inclusive com a descoberta de fosseis em vários lugares o que ativava o interesse dos participantes e aumentava as matérias para expor e discutir nas aulas da noite nos sábados.  Tivemos oportunidade de ir conhecer com um amigo do Clube, Jefferson Bittencourt, em uma viagem até o município de Piên onde fomos ver como se usava a bateia para extrair ouro em um pequeno riacho, e também com peneiras e carpe, cuja pequena quantidade obtida mantinha a família do dono do local. Também, sempre íamos atrás para verificar a veracidade das informações que recebíamos sobre vários assuntos. Íamos aos locais para investigar as historias e saber se eram verdadeiras ou não, como, por exemplo, quando fomos informados da existência de uma caverna – Caverna do Sal – em um paredão rochoso em Itaiópolis. O local era chamado caverna do Sal, porque, em seu interior se encontrava facilmente sal mineral – não cloreto de sódio - aflorando da rocha. Fomos até a região, e depois de muitas dicas chegamos a contratar uma pessoa que disse que conhecia o caminho e nos levaria lá. Atravessamos o Rio Itajaí, que estava com o nível baixo, parte a nado e parte andando, e seguimos um córrego e quando já tínhamos andado cerca de dois quilômetros o pseudoguia nos confessou que não sabia onde era e que escutou uma vez alguém dizer que deveria ser por ali, mas nunca tinha ido ao local. Dispensamos o guia que voltou. Consultando aos amigos pesquisadores presente, todos concordaram em ir adiante, e logo em seguida começamos a subir uma encosta onde o carreiro tomado estreitava, ficando com menos de 50 centímetros e aos lados direito e esquerdo ao ir subindo crescia o penhasco ao lado e amedrontava, pois não havíamos levado equipamentos para tal situação, mesmo assim continuamos a subir e em certo momento ao olhar para cima, a montanha tinha um paredão reto com mais de 100 metros de altura. Relutamos em continuar a subida porem Armando, o mais experiente dos amigos incentivou a não desistir-mos e continuar a subir mais alguns metros acima. Total surpresa, pois logo após dos primeiros passos, eis que deparamos com um corte na montanha, que se estendia a frente, formando um plano com aproximadamente trinta metros e em seguida visualizamos uma imensa entrada do que mostrava ser uma caverna com uma boca em torno de quarenta a cinqüenta metros de largura e cerca de quinze metros de altura, mas a altura reduzia a medida que adentrávamos, seguindo abaixando até o que seria o teto encostar no chão, alguns metros a frente. Eis que ali no meio daquela sala vimos escavações antigas tal vez para encontrar pontas de flechas deixadas pelos índios que com certeza ali viveram. Mas, o mais interessante, no meio daquela sala, estava a pedra de Sal, um monumento que deu o nome a caverna. Um dos amigos experientes que ali estavam conosco examinou a peça e logo ficamos sabendo que não era sal como alguém imaginou, mas sim calcário que estava se decompondo, formando algo muito parecido com sal, só não era salgado. Verificando o local vimos que do lado direito de quem entra existia em um canto a presença de água, formando uma pequena lagoa e apareciam algumas estalagmites que devem ter sido formadas com a presença da água que ali estava depositada, e que, com certeza, teria corrido do alto da montanha atravessando dezenas de metros de terra e outros materiais levando consigo materiais que permitem este tipo de formação. Foram praticamente quatro anos de dedicação a este Clube de Ciências, após o que com a diminuição das feiras de ciências, e a necessidade de muitos dos participantes que terminaram o segundo grau e que agora estavam se preparando para os vestibulares, em diversos ramos, passando a estudar fora da cidade natal, resolvemos encerrar as atividades, o que até hoje deixou uma enorme saudade dos momentos alegres e descontraídos que passamos em laboratório, estudos, apresentações, nos sábados  e viagens de pesquisa que acontecia em todos os domingos.
Participaram conosco semanalmente nestes momentos de pesquisa e conhecimento dentre outros: Armando Zoccola Filho (Médico), Francisco Zoccola (hoje Médico), Armando Zoccola Neto, (hoje Advogado), Carlos Zoccola (hoje Oficial do Exercito) Rubyo Tauscheck Becker (Biólogo), Lazaro Duarte (Delegado de policia), Jéferson Bittencurt (engenheiro civil), Bethuel Neumann Becker (administrador de empresas), Valdir Mueller (Dentista),  Mario Fritche (biólogo), Wiezer ( Médico) João Martins (mestre estudioso, in memoria) Leonardo Mueller (hoje Médico) Rodyer Tauscheck Becker, hoje (administrador de empresa) Rubya Tauscheck Becker (hoje coordenadora escolar), Cléverson Jorge (hoje professor de educação física), André L. Cássias (hoje Médico), Anderson Macoin, hoje (Advogado), Luiz Henrique Duarte hoje (Advogado), Jardel Mann Soares (hoje chefe de vendas) Alessandro Soares (hoje administrador de empresa), Crístian Osanã hoje (Farmaceútico) Rômulo Fernandez hoje (radialista) Fabio Possamai hoje (Empresário), Mario Nizer hoje (comerciante) Cristian Bartneck, hoje (Comerciante), Aloir  hoje (industriário) José Carlos Boege (hoje Empresário consertos  de motocicleta), Emerson Weinert (hoje Técnico em Gesso),  Wilson Mendes Junior (hoje comerciante), Otto Gonçalves ( hoje bancário), Patric, Marcelo Schuentzener, Helton Martins Hass(Industriário). Se esquecemos de alguém pedimos desculpa.
Alem destes tínhamos dezenas de outros interessados, que vinham assistir as aulas, mas não com freqüência.

fotografias