segunda-feira, 16 de novembro de 2015


COISAS DA VIDA
A tarde terminava e chegava o crepúsculo, que é o anúncio, de que logo estará escuro, pois a noite não tarda. Deixei o trabalho que estava fazendo, guardei as ferramentas e fui sentar em frete de casa, como vinha fazendo a alguns anos, de onde poderia ver o movimento de pedestres de todos os lados, o que era sempre interessante, pois a cada momento passavam pessoas vestidas das maneiras mais incríveis, enquanto outros passavam com vestes bem simples ou de esporte, umas com ar preocupado enquanto outras passavam sorrindo. Eu já estava só a alguns anos e estava acostumado com este tipo de vida. Mas, eis que neste instante alguém bateu em meu ombro, me virei e olhei, fiquei atônito, em minha frente estava de pé uma senhora, com mais ou menos 45 anos, de cabelos loiros, estatura mediana, olhos azuis e um olhar penetrante como se saíssem faíscas. Fiquei parado, olhando-a, cada vez mais perplexo, enquanto ela me perguntava onde ficava a rua do correio. Demorei em responder, pois estava a admirar, aquela senhora de uma beleza rara. Ate que, de repente me dei conta que estava a dever uma resposta a ela e então informei onde era e ela perguntou se eu morava ali naquela casa, o que respondi que sim. Para minha surpresa contou-me que era sozinha e trabalhava como professora e que tinha pedido transferência para esta cidade, que ela tinha escolhido por ser pacata, e ao mesmo tempo produtiva e bem atualizada. Perguntou se poderia voltar a falar comigo todos os dias, pois ali será a rua de passagem para ir trabalhar, e na volta gostaria de ter com quem conversar por alguns minutos. Eu disse que sim, que para mim seria um enorme prazer. O tempo passou, e hoje, nosso filho já esta com quinze anos, nossa alegria, nossa felicidade.

Autor; Bethuel N Becker

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