COISAS DA VIDA
A tarde terminava e chegava o
crepúsculo, que é o anúncio, de que logo estará escuro, pois a noite não tarda.
Deixei o trabalho que estava fazendo, guardei as ferramentas e fui sentar em
frete de casa, como vinha fazendo a alguns anos, de onde poderia ver o
movimento de pedestres de todos os lados, o que era sempre interessante, pois a
cada momento passavam pessoas vestidas das maneiras mais incríveis, enquanto
outros passavam com vestes bem simples ou de esporte, umas com ar preocupado
enquanto outras passavam sorrindo. Eu já estava só a alguns anos e estava
acostumado com este tipo de vida. Mas, eis que neste instante alguém bateu em
meu ombro, me virei e olhei, fiquei atônito, em minha frente estava de pé uma
senhora, com mais ou menos 45 anos, de cabelos loiros, estatura mediana, olhos
azuis e um olhar penetrante como se saíssem faíscas. Fiquei parado, olhando-a, cada
vez mais perplexo, enquanto ela me perguntava onde ficava a rua do correio.
Demorei em responder, pois estava a admirar, aquela senhora de uma beleza rara.
Ate que, de repente me dei conta que estava a dever uma resposta a ela e então
informei onde era e ela perguntou se eu morava ali naquela casa, o que respondi
que sim. Para minha surpresa contou-me que era sozinha e trabalhava como
professora e que tinha pedido transferência para esta cidade, que ela tinha
escolhido por ser pacata, e ao mesmo tempo produtiva e bem atualizada. Perguntou
se poderia voltar a falar comigo todos os dias, pois ali será a rua de passagem
para ir trabalhar, e na volta gostaria de ter com quem conversar por alguns
minutos. Eu disse que sim, que para mim seria um enorme prazer. O tempo passou,
e hoje, nosso filho já esta com quinze anos, nossa alegria, nossa felicidade.
Autor;
Bethuel N Becker
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